A busca pela equidade de gênero nas condições de trabalho ainda é um desafio diário para as mulheres no Brasil e no mundo. No caso da Educação Física, o cenário tem apresentado alguns pontos positivos – o que é algo a ser celebrado. Estudos apontam que as mulheres ampliam sua presença no mercado, sustentando uma tendência de crescimento.
Segundo o Conselho Federal de Educação Física (CREF), em um intervalo de 20 anos (entre 1980 e 2020), a representatividade das mulheres entre os profissionais da área no Brasil saltou de 20% para 70%.
Vale lembrar que no início este mercado era essencialmente masculinizado, com as mulheres participando de forma pontual e, em sua maioria, apenas no segmento escolar. Nas academias, a presença feminina nas salas de musculação também era limitada, impondo a ginástica quase como única alternativa de trabalho para professoras.
Rompendo paradigmas
Com o passar do tempo, enfim, veio uma mudança de cenário. O processo de ruptura de alguns paradigmas sociais, a maior valorização do exercício físico e a expansão da oferta de cursos foram fatores importantes.
Assim, do ponto de vista social, os movimentos de empoderamento feminino hoje exercem importante influência. São ações que estimulam e promovem o tratamento justo às mulheres no trabalho, seus direitos à saúde, segurança e desenvolvimento profissional.
A valorização da prática da atividade física e seus impactos positivos na qualidade de vida também reforçado a identificação com o público feminino. Afinal, são temas que geram cada vez mais interesse e repercussão.
As mulheres também avançaram em termos de competitividade no aspecto esportivo. Desse modo, hoje é bastante reduzida a distância existente em relação às melhores performances masculinas. Trata-se de outra comparação que, até há algum tempo atrás, era pouco considerada.
Mais oportunidades
O resultado destas transformações incide diretamente, por exemplo, no aumento da procura por cursos de Educação Física. A formação é uma das dez com maior número de alunos matriculados no Ensino Superior do país, de acordo com o Ministério da Educação. Em suma, as mulheres ampliam sua presença no mercado e, ao mesmo tempo, contribuem não só para a diversificação da profissão, como também para o desenvolvimento de novas abordagens pedagógicas.
Outro indicador importante consta em um artigo publicado por alunos da Universidade de Londrina (PR) e da Universidade Estadual Paulista (SP). Intitulado “Educação Física, Profissionalização e Mercado de Trabalho: Uma Análise Sobre O Projeto Profissional”, o texto reúne dados fornecidos pelo Ministério do Trabalho e pela Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) que evidenciam aumento do número de mulheres inseridas no mercado de trabalho da Educação Física na última década. A tendência se observa principalmente nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste.
Em síntese, ao assumirem cada vez mais o protagonismo e posições de liderança em suas carreiras profissionais, as mulheres têm muito a contribuir com a evolução da Educação Física. Tanto em termos da produção de conhecimento, como na valorização de seu papel na sociedade e no mercado de trabalho. A Fitness Brasil Phorte apoia e fortalece este movimento desde o início de suas atividades. Para isso, não só investe e conta com a presença efetiva de mulheres em sua equipe de especialistas, como também tem trabalhado conteúdos específicos para atender a esta crescente demanda.